Tempo Adicional
Muitos alunos com deficiência ou outras demandas educacionais, como por exemplo: baixa visão, comprometimento motor, dislexia e altas habilidades, exigem uma dinâmica diferente da habitual, o que demandará mais tempo em relação aos demais alunos nas atividades diárias e avaliativas. Exemplo: Vamos pensar em um aluno com deficiência física com comprometimento motor. Por mais que ele mesmo escreve sozinho, ou mesmo utilize órteses para a escrita numa prova mais longa, este aluno poderá apresentar dor e dificuldades para registrar seus conhecimentos. Muitas vezes irá tentar diminuir a quantidade de palavras, colocar abreviaturas ou mesmo não conseguir expressar-se. O tempo adicional dará além de maior tranquilidade, condições de expressar-se mesmo tendo dificuldades motoras.
Observação: Este mesmo aluno poderá utilizar outros recursos, tais como: realizar a atividade com o auxílio de um Monitor Inclusivo que atuará como ledor/transcritor ou um digitar num notebook.
Alguns professores que já ministraram aulas para alunos que precisam do tempo adicional relataram iniciar as atividade uma hora antes (ou depois) dos demais alunos. Quando não havia salas disponíveis, um problema comum na UFABC, estes professores iniciaram (ou concluíram) a avaliação em sua sala. Outros professores que não conseguiram iniciar antes ou depois, se propuseram a agendar um horário apenas com o aluno. Estes professores tiveram um trabalho a mais de elaborar outra prova com questões diferentes!
Na maioria dos casos, os alunos obtiveram sucesso. Mesmos os alunos que não tiveram um bom rendimento, podemos concluir que tal dificuldade não tem relação direta com questões voltadas à acessibilidade, mas outras dificuldades. Tais dificuldades merecem atenção, mas não são compreendidas como discriminatórias em função da deficiência, pois são comuns também a alunos sem deficiência.