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A Luta Antimanicomial e a UFABC

Publicado: Sexta, 21 Mai 2021 18:25

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  18 de maio – Dia Nacional da Luta Antimanicomial

A Luta Antimanicomial e a UFABC

 

A Universidade Federal do ABC tem como um dos seus pilares a inclusão de setores da população historicamente excluídos do acesso ao ensino superior na universidade pública, o que participa de um processo amplo de transformação social. E a Luta Antimanicomial também é uma trajetória radical de transformação coletiva.

 

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Quebrar os muros que segregam e apartam - muros visíveis e invisíveis - é uma proposta que mobiliza a Luta Antimanicomial (NADER, 2019), assim como as políticas afirmativas de acesso e permanência à educação também presentes na UFABC. Há muito em comum em abolir manicômios, depósitos da loucura e daqueles que são indesejáveis à ordem social, e em destruir barreiras invisíveis que marcam as universidades públicas como lugares voltados a poucos privilegiados.

 

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Luta pela inclusão social; pelos direitos humanos; contra o racismo, machismo e LGBTfobia; contra o capacitismo; promoção da diversidade e respeito às diferenças são pautas da Luta Antimanicomial e também da UFABC.

   

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No entanto, em nossa sociedade ainda há esforços em “adequar” todos(as) aqueles(as/es) que destoam e desafiam normas e padrões. Entre os modos utilizados para “igualar” a todos(as/es) estão a medicalização e a patologização do sofrimento (POMPEU, 2014).

 

Se antes a ideia de doença mental aparecia como problema específico de uma parcela da população, hoje a saúde mental é entendida como uma dimensão da vida de todos(as/es).

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Todos(as/es) podem vir a passar pelo crivo avaliativo que transforma diferentes questões em problemas passíveis de serem tratados pelos saberes e pelas práticas psiquiátricas.

   

Medicalizar (tratar um problema social ou cultural como sendo um problema exclusivamente médico), muito além de recomendar medicações, é culpar unicamente a pessoa pelos problemas e dificuldades que ela vive.

 

É tirar a responsabilidade do sistema político social-econômico, além de enfraquecer as respostas coletivas.

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Coletivizar pode apontar caminhos para a superação do sofrimento. Coletivizar significa não somente pensar como o mundo em que vivemos e a vida que levamos nos fazem sofrer, mas também entender os sofrimentos anteriormente percebidos como individuais como algo compartilhado por outras pessoas. E aí é preciso também mudar o mundo e mexer na vida. Soluções coletivas fortalecem a comunidade, a vizinhança, a rede de pessoas.

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A universidade é um espaço de aprendizado, construção de conhecimento e estabelecimento de relações e amizades. Contudo, muitas vezes esses aspectos ficam ofuscados por dificuldades e barreiras, como a cobrança por produtividade; adaptação à vida universitária; conflitos no relacionamento com colegas, professores e/ou chefias; problemas familiares e financeiros; etc.

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Diante dessas dificuldades, conflitos e sofrimentos, podemos pensar em como nós, comunidade acadêmica, podemos modificar isso juntos(as/es).

 

Para saber mais sobre o assunto:

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Podcast CienciON#19: Confiança social e meio acadêmico, com a participação da Seção Psicossocial (ProAP/ UFABC)

 

https://ciencion.pesquisa.ufabc.edu.br/ 2020/05/01/ciencion19-confianca-social-e-meio-academico/

Página do serviço de Orientação à Queixa Escolar, do Instituto de Psicologia da USP

https://orientacaoaqueixaescolar.ip.usp.br/

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REFERÊNCIAS:

 

LEÃO, Thiago Marques. IANNI, Aurea Maria Zöllner, GOTO, Carine Sayuri. Individualização e sofrimento psíquico na universidade: entre a clínica e a empresa de si. En: Humanidades e Inovação. Palmas, v. 6 n. 9: Universidade, pressões e adoecimento 2, 2019

 

NADER, André. O não ao manicômio: fronteiras, estratégias e perigos. São Paulo: Benjamin Editorial, 2019

 

POMPEU, Fernanda. Medicalizar não é solução. Comunicação Popular CRP SP: a psicologia e sua interface com a medicalização. São Paulo, Ibeac/Conselho Regional de Psicologia CRP SP, n.5, 2014.

 

UFABC. De onde vem o nosso sofrimento? 3a Roda de Conversa. 2019, 6 páginas.

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Redação

Claudia Silva

Claudia Luz

Iara Pedo

Suellen Dantas

 

Diagramação

Wellington Gonçalves

 #DescriçãoImagemAcessível: Na imagem do topo da página, sob um fundo em tons vermelhos, vemos uma foto da fachada do Campus Santo André, da UFABC, onde se vê a logomarca a universidade. No canto superior esquerdo, dentro de um retângulo branco, vemos a logomarca da UFABC, e ao lado, na cor amarela, a hashtag da campanha “Nós Pelo Vem Comum”, enquanto no canto superior direito, dentro de outro retângulo branco, vemos a logomarca da ProAP. No corpo do texto vemos outras ilustrações e imagens na seguinte ordem: 1) Quatro personagens caminham, uma menina branca, um menino negro, uma cadeirante amarela, e um menina negra, todos eles estão utilizando dispositivos eletrônicos (celulares ou tablets); 2) Vemos um conjunto de mãos levantadas de diferentes cores, pretas, vermelhas, brancas, rosadas, amarelas etc., formando uma espécie de muro, abaixo temos uma caixa de texto amarelo; 3) Vemos um conjunto de peças de quebra cabeças em diferentes cores, marrom, azul, vermelho, amarelo, laranja e verde claro. 4) Vemos um conjunto de seis sombras de cabeças de perfil, representando diferentes tipos de pessoas, cores e cabelos; as cabeças são coloridas, nas cores vermelho, lilás, amarelo, marrom, azul e verde claro; abaixo vemos uma caixa de texto verde claro; 5) Vemos um personagem, que parece representar um menino, sentado sozinho, abraçado às próprias pernas, parece estar triste e sozinho; ao fundo vemos a sombra acinzentada de prédios; 6) Vemos um grupo de sete personagens de costas, com diferentes cores e cabelos, vestem roupas coloridas, representam a diversidade; 7) Vemos um conjunto de dez diferentes dispositivos eletrônicos (tablets, computadores portáteis, celulares, etc.), e nas telas é possível ver diferentes personagens, de diferentes cores e culturas, realizam diferentes atividades, alguns estudam, outros tocam instrumentos musicais, outros estão conversando; todos os personagens parecem estar online em uma vídeo chamada; 8) Vemos uma foto da fachada da UFABC, do Campus Santo André, da perspectiva do Bloco A pela entrada da Rua Oratório; nela vemos o letreiro com a logomarca da UFABC, e em destaque na frente da fotografia vemos flores vermelhas; a fotografia é de Leonardo Meca, para o projeto "Como eu vejo a UFABC" (no instagram @comoeuvejoaufabc); 9) Vemos um post-it laranja, e dentro dele a capa do podcast CienciON nº 19, com o tema "Saúde Mental e Meio Acadêmico"; a imagem da capaz, sob um fundo em tons azuis e verdes, representa três meninas deitadas, vemos a parte de trás de seus cabelos e seus braços entrelaçados abraçam, ao centro, um cérebro humano; 10) Vemos um post-it amarelo, e dentro dele, a logomarca do serviço de Orientação à Queixa Escolar, que é representado por uma criança que entrega algo à um personagem adulto; 11) Vemos um caderno de anotações com espiral e uma página totalmente em branco.

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